Negócios

A História do Pão

Conhece a história do querido pãozinho? Vem ver!

Icone de data Publicado em 15/03/2023
Banner principal da pagina interna do

A evolução

Quando o homem deixou de ser nômade para se dedicar à agricultura, deu um importante passo para sua evolução. Isso aconteceu quando ele descobriu que alguns grãos que cresciam soltos pela natureza podiam ser plantados e cultivados.

Eram vários os tipos de grãos, entre eles, a aveia, a cevada, o sorvo e, claro, o trigo. Naquela época os grãos não eram iguais aos que a gente encontra hoje, eram o que chamamos de “grãos selvagens” que, ao longo dos séculos, foram se modificando.

Diferentes povos, desde a pré-história até o Mundo Antigo, utilizaram esses grãos para a alimentação, ou fazendo uma espécie de mingau, ou cozinhando um tipo de bolo não levedado, que ainda não era realmente o que a gente pode chamar de pão.

Mas foi há mais ou menos 6 mil anos que os egípcios descobriram, sem querer, a fermentação do trigo, descobrindo, desta forma, o pão. Os egípcios rapidamente aprimoraram as receitas do pão, modificando-as e criando diferentes formas, sabores e usos. Desde a sua descoberta até hoje, o pão sempre esteve ligado à vida do homem tanto como alimento quanto como símbolo econômico, político, religioso, artístico e cultural.

Pão valioso

No Egito, o pão era o alimento básico. Os pães preparados com trigo de qualidade superior eram destinados apenas aos ricos. Durante séculos, os celeiros eram de propriedade dos governantes, que mantinham domínio dos cereais e do pão.

Os faraós tinham sua própria padaria, a padaria real (que era, inclusive, enterrada com eles). Os celeiros também pertenciam aos faraós. Os egípcios se dedicavam tanto ao pão que eram conhecidos como “comedores de pão” e eram, com certeza, os melhores padeiros do mundo antigo.

Os egípcios dedicavam muito tempo e muito espaço para o preparo do pão. Os fornos, naquela época, às vezes ocupavam uma área do tamanho de um campo de futebol. Mas o pão para os egípcios era muito importante.

Com o pão também se pagavam os salários: um dia de trabalho valia três pães e duas canecas de cerveja. Assim como a troca de mercadorias e de serviços, a utilização do pão como pagamento ou complemento de um salário era costume que ainda continuaria por muitos séculos, até a Idade Média.

Pão é nutrição

Hoje em dia o valor do pão está em ser um alimento barato, nutritivo e muito saudável. O pão, hoje, está presente na mesa de todas as classes sociais, e são muitos os tipos de pães, desde os mais baratos e populares até os mais sofisticados.

O bom é que hoje, diferente do que acontecia no Mundo Antigo e na Idade Média, a gente sempre pode encontrar um pão quentinho bem perto de casa.

O pão é vida. É o alimento básico, o nosso sustento mais comum. Mas ele não é só alimento para o corpo, ele é o símbolo do alimento para a alma, presente em várias religiões e crenças.

Pão bíblico

A história de Jesus Cristo está cheia de situações relacionadas ao pão. Jesus nasceu em “Belém”, que significa “Casa do pão”. Um de seus milagres mais conhecidos é a multiplicação dos pães quando, com apenas 7 pedaços de pão, alimentou uma multidão de mais de 4 mil pessoas que o aguardavam.

Muitos seguidores de Jesus, numa época de fome, lhe pediam pão, mas Jesus respondia “eu sou o pão da vida”. Na oração mais famosa do mundo cristão, podemos ouvir: “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Mas foi na Santa Ceia que o pão recebeu seu maior valor, nas palavras de Jesus que, levantando um naco de pão, ofereceu-o a seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei todos vós, este é meu corpo, que é dado por vós… fazei isto em minha memória”. O pão é assim, um símbolo diário que nos lembra que o importante é alimentar corpo e alma, é dividir o que temos com o próximo.

Pão, política e religião

 

Desde sempre o pão esteve ligado ao poder e à política. A vida administrativa no antigo Egito girava em torno do pão, que também foi o ponto de partida da legislação religiosa e social dos judeus.

Os gregos tinham seus deuses do pão e do cereal e os romanos fizeram do pão sua política de dominação: pão e circo! Foi assim que se construiu o Império Romano.

O pão continuou sendo importante para os cristãos, pela vida e pelo exemplo de Jesus Cristo.

O padeiro

Na Idade Média, o padeiro exercia um certo poder, pois, nas cidades que começavam a surgir, a profissão de padeiro era uma das mais protegidas e prestigiadas. Ser padeiro, naquela época, era um processo difícil, que exigia anos de aprendizagem e disposição.

Ser padeiro era participar de um grupo restrito e poderoso. Conta-se que no fim do século XVI, a cidade de Viena, na Áustria, estava cercada pelos turcos. Viena, naquela época, contava com os melhores padeiros da Idade Média.

Como o cerco à cidade já durava muito tempo, os vienenses, sentindo as dores da fome, estavam prestes a se entregar, quando um audacioso padeiro pediu para tentar uma última estratégia. Ele foi até o celeiro real e preparou uma grande quantidade de um pequeno pão.

Assim, o heroico padeiro saiu da cidade e, arriscando a própria vida, foi vender os pães entre os sitiadores. Os turcos, vendo aquela exibição de abundância, acreditaram que os vienenses tinham ainda muito alimento e nunca se renderiam. Resultado, os invasores se retiraram e os vienenses conseguiram sua vitória,
graças à audácia e coragem de um padeiro.

Padroeira dos padeiros

Conta-se que, no ano de 1333, em Portugal, houve uma fome terrível da qual nem os ricos eram poupados. Reinava, então, D. Diniz, casado com D.Isabel,  uma rainha cheia de virtudes. Para aliviar a situação de fome, ela empenhou suas joias e mandou vir trigo de lugares distantes para abastecer o celeiro real, e assim manter seu costume de distribuir pão aos pobres durante as crises.

Num desses dias de distribuição, apareceu inesperadamente o rei. Temendo a censura, ela escondeu os pães no colo, cobrindo-os. O rei percebeu o gesto e perguntou, surpreso: – Que tendes em teu colo? A rainha, erguendo o pensamento ao Senhor, disse com voz trêmula: – São rosas, senhor.

O rei replicou: – Rosas em janeiro? Deixe que eu as veja e sinta seu perfume. A rainha Isabel abriu os braços e no chão, para pasmo geral, caíram rosas frescas, perfumadas, as mais belas até então vistas. D. Diniz não se conteve e beijou as mãos da esposa, retirando-se, enquanto os pobres gritavam:– Milagre! Milagre! Santa Isabel é a padroeira dos padeiros / panificador, e seu dia é comemorado em 08 de julho.

A história, a fome e o pão

Era o fim do século XVIII. Na França acontece uma seca nunca antes vista. Os camponeses não tinham quase nada mais para colher, a fome se espalhava. Os rios secaram e nenhum vento soprava para fazer girar os moinhos, então, não se moía o trigo, não havia mais farinha e quase nenhum pão era feito.
A população, com fome, começou a desconfiar de que existia uma grande conspiração para matar de fome o povo francês. Diziam que a corte, o clero, os deputados e os oficiais do exército estavam escondendo os cereais, pois não achavam que era possível que o trigo houvesse simplesmente desaparecido. Homens, mulheres e crianças foram até o Palácio de Versalhes, mas o que encontraram lá foi, também, um Palácio sem água e sem muitas regalias. O povo, ainda descontente, começou a duvidar dos padeiros. A fome era generalizada e, como diz o ditado, “casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”.

A população começou a achar que quem escondia a farinha eram os padeiros, com o objetivo de aumentar o preço dos pães.

No dia 20 de outubro, um padeiro chamado Denis François tenta acalmar uma mulher que veio fazer um escândalo em seu estabelecimento. Como a padaria ficava perto de onde os deputados se reuniam, acusavam o padeiro de favorecer aos deputados.

Ele convidou a mulher para que entrasse e verificasse se havia farinha escondida. A mulher, com fome de dias, encontra 3 pães que estavam ali guardados para consumo dos empregados, agarra um deles e grita para os manifestantes: “Ele tem pão! Tem farinha escondida!”.

Os manifestantes invadem a padaria, arrastam o padeiro e o enforcam na Praça da Greve.

O tempo passou, os ânimos se acalmaram, e homens livres começaram a
cultivar o trigo e a fabricar o pão que, agora, era de qualidade e para todos.

Colocar palhaços na história do pão não é uma coisa sem pé nem cabeça. Antigamente, quando ainda não existia a maquiagem, os palhaços, para ficarem com a cara branca, espalhavam farinha pelo rosto e pelas mãos.

Por isso, naquela época, muitos artistas eram conhecidos como” enfarinhados”. Aliás, existe uma lenda que nos explica como o palhaço começou a usar a cara branca: Dizem que em Paris, há quase 400 anos, existia um padeiro conhecido como “Gross Guillaume”, que significa o “Gordo Guilherme”.

Ele trabalhava muito em sua padaria e, depois de fechá-la, tinha de sair correndo para o teatro onde atuava, para trocar de roupa e entrar em cena. Um dia, ele se atrasou mais do que de costume e não teve tempo sequer de lavar o rosto. Entrou em cena assim, com a cara toda coberta pela farinha dos pães. O resultado foi que o público achou graça daquela cara branca e vários palhaços passaram, então, a usar a farinha para clarear o rosto.

Confira também

Negócios Icone de uma seta

5 tipos de pães internacionais mais apreciados nas padarias brasileiras

Conheça os pães internacionais mais queridos pelos brasileiros

Food Service Icone de uma seta

Farinha específica para pastéis

Saber escolher a farinha ideal para salgados, principalmente pasteis, é fundamental para um bom resultado.

Food Service Icone de uma seta

Qual a melhor farinha de trigo para pães suaves?

Os ingredientes utilizados influenciam diretamente no resultado final

Negócios Icone de uma seta

Associação Brasileira de Franchising divulga os números de 2022

Setor de franquias ganha ritmo e cresce 18,7% no 3º trimestre

Negócios Icone de uma seta

Conheça 03 confeitarias instagramáveis para te inspirar

Os espaços instagramáveis são tão adorados porque proporcionam experiências exclusivas ao cliente.

Negócios Icone de uma seta

Por que investir tempo assistindo cursos da Academia de Negócios Bunge?

É possível assistir os cursos durante os intervalos no trabalho e, até mesmo, no celular ou tablet.

Food Service Icone de uma seta

Congelar ou ultracongelar?

Normalmente é utilizado um equipamento com o processo do ultracongelador. Com ele, os alimentos não perdem a característica inicial.

Negócios Icone de uma seta

4 motivos para comer pão mais vezes na semana

Longe de ser o vilão das dietas, saiba mais sobre o pãozinho

Food Service Icone de uma seta

O que um confeiteiro iniciante precisa ter para se destacar?

Para o confeiteiro, trabalhar em padarias, confeitarias, ou até mesmo em casa, experimentando receitas e técnicas, ajuda a aprimorar as habilidades e a ganhar confiança.

Food Service Icone de uma seta

Como escolher a farinha ideal para massa folhada e semi folhada

Farinha para massa folhada

Entrar

Não possui acesso?

Clique no botão abaixo e cadastre-se, é GRÁTIS!

Criar conta